Museu, Memória e Patrimônio
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Museu Visconde de Mauá
O Museu Municipal Visconde de Mauá tem como missão salvaguardar a memória, identidade e cultura da comunidade arroio-grandense através da preservação, pesquisa e comunicação do acervo museológico.
O Museu Público Municipal de Arroio Grande, criado pela Lei Municipal nº 375, de 26 de Junho de 1958, na perspectiva da preservação da cultura material e da história de Arroio Grande. Apesar da criação de direito, é somente na década de 1970, no contexto do Centenário de Arroio Grande, é que de fato o Museu é implementado através da participação comunitária na coleta de acervos voltados à história do município e posteriormente apresentados na exposição embrionária do atual Museu Visconde de Mauá.
Em 1975 é que se dá a inauguração definitiva do Museu Público Municipal sendo a partir de então denominado Museu Visconde de Mauá, em homenagem a Irineu Evangelista de Souza, ilustre arroio-grandense que figurou como uma das pessoas mais influentes do Brasil Imperial. Situado na Biblioteca Pública Municipal, funcionou ali por mais de 30 anos até ser transferido para o Centro de Cultura Basílio Conceição, local mais adequado que propiciou o crescimento do acervo e condições de guarda e armazenamento.
O MVM foi transferido em 2016 para o prédio histórico tombado como Patrimônio Cultural de Arroio Grande, local da instalação da Câmara Municipal de Vereadores em 1873, ou seja, é o marco da celebração do sesquicentenário da emancipação política.
O acervo do MVM é composto por diversas tipologias, entre elas: artefatos arqueológicos, vestimentas, numismática, fotografias, obras de arte, livros, entre outras. O acervo documental é formado por diversas coleções, como os arquivos da Intendência Municipal e os acervos pessoais, como por exemplo Pe. Neves e Paulo Carriconde.
Irineu Evangelista de Souza
Irineu Evangelista de Souza nasceu a 28 de dezembro de 1813 em Arroio Grande RS. Neto dos primeiros povoadores do município, Manoel Jerônimo de Souza e José Baptista de Carvalho, Irineu era filho de João Evangelista de Souza e Mariana de Souza, que casaram em 1811 no Chasqueiro.
Com a morte do pai de Irineu, em 1819, sua mãe casou-se novamente, e, no ano de 1822, o menino foi entregue a um tio que o levou Rio de Janeiro para trabalhar como ajudante de caixeiro no comércio de Antônio José Pereira de Almeida. Com a falência de seu patrão, em 1836, o arroio-grandense tornou-se sócio da loja Carruthers e Cia, ascendendo no mundo das finanças aos 23 anos de idade.
Em 1840, viajou à Inglaterra, de onde voltou o impressionado com a Revolução Industrial da época. Passou a trabalhar com investimentos pesados entre eles a construção naval, as estradas de ferro, as usinas de cana-de-açúcar, os serviços de água e luz, a rede de navegação do Amazonas e outras obras como o estabelecimento de Fundição e a Companhia Estaleiro Ponta de Areia, em 1846.
Criou o banco Mauá que, mais tarde, fundiu-se com Banco Comercial do Rio de Janeiro, constituindo-se o novo Banco do Brasil, com ingerência oficial, a partir de 1854. Expandiu os seus negócios para o Uruguai e à Argentina; foi deputado provincial pelo Rio Grande do Sul em três oportunidades.
Com problemas de aceitação pelo Império e pela nobreza, Irineu, ainda sim, obteve os títulos de Barão (1854), e, depois de Visconde de Mauá (1874). Após ter se constituído no homem mais rico do período Imperial, Mauá passa por grandes dificuldades financeiras. Em 1875, pede uma moratória de três anos. Em 1878, pública sua ‘Exposição aos credores e ao público” documento notável em que o empresário se expõe ao julgamento de seus concidadãos.
Recuperado, e ainda relativamente rico, Mauá veio a falecer em 21 de outubro de 1889, em Petrópolis, Rio de Janeiro.
Não existe notícia comprovada de que, após sua partida aos 9 anos de idade, do lugar onde nasceu, Irineu Evangelista de Souza tenha retornado alguma vez ao Arroio Grande.